segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Vinhos dos Barões de Rothschild

Conhecer vinhos franceses de qualidade é uma tarefa difícil, já que a maioria com certa decência custa uma fortuna e os com preços acessíveis não passam de medíocres.
Pensando nisso e querendo tirar essa má impressão dos vinhos franceses e também não podendo pagar R$5.000,00 numa garrafa, que resolvi ir a luta e descobrir vinhos que sejam acessíveis e tenham qualidade. Com uma pequena pesquisa descobri a família Rothschild, tal descoberta me proporcionou enorme prazer.
A família Rothschild é tradicionalíssima no ramo de produção de vinhos e se divide em dois ramos: o Francês (Château Mouton, em Bourdoux. Seña, no Chile , Opus One, na Califórnia) e o Inglês ( Château Lafite e Château Reissac, um Premier Cru de Sauternes).
Essa família resolveu se aventurar por novas terras e levar a tradição e qualidade francesa. Um dos projetos se concretizou no Vale do Colchagua ( Chile), onde os Rothschild (Lafite) adquiriram uma propriedade e começaram o projeto LOS VASCOS, de onde surgiu um excelente e acessível vinho de mesmo nome. O vinho varietal da uva cabernet apresenta a grande potência que essa uva alcança quando cultivada no Chile ou Argentina, mas domada pela família que traz ao vinho um equilíbrio entre bravos taninos, graduação alcoólica e seus aromas, bom corpo e cor. Um vinho acessível e de ótimo preço na faixa dos R$55,00 nas lojas do Pão de Açúcar.
O outro vinho que provei foi o Classique – Rupert e Rothschild. Produzido na África do Sul, sobre a batuta de Michel Rolland e Shalk Willem é um vinho de excelente corpo e aroma, gentil e persistente, suas lágrimas se enrolam na taça e ele desce com uma consistência aveludada. É um vinho surpreendente, composto por um corte de cabernet e merlot. Em Recife podemos achá-lo na importadora Zahil na faixa de R$110,00.

Minha intenção com todo esse falatório é dizer que mesmo que não sejam vinhos feitos em França, há uma forma de provarmos da elegância dos franceses através desses vinhos, que mesmo sendo produzidos em outras terras possuem a tradição e qualidade que só uma tradicional família produtora de vinhos poderia proporcionar.

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