quinta-feira, 31 de maio de 2012

Prova dos Vinhos do Vale do São Francisco

Seguidores de Baco,

Tivemos na sexta-feira (25/05)  no restaurante o Pátio Café a degustação e avaliação dos vinhos do Vale do São Francisco, organizada pela jornalista Mariana Lobo contando com a presença de alguns conhecedores e enófilos, entre os quais eu estava presente.



A prova dos vinhos foi às cegas, o que proporciona uma real avaliação dos vinhos, já que não somos influenciados pela marca, valores e etc...


Primeiro avaliamos espumantes da uva moscatel do qual saiu vitorioso o Rio Sol que mostrou muita elegância, doce e acidez na medida certa, muita vivacidade... a cara do Vale.



Na segunda etapa avaliamos os vinhos tintos do Vale... Ficando em primeiro lugar o Testardi Syrah da Miolo,  em segundo o Paralelo 8 da Rio Sol e em terceiro o 1501 da Botticelli.
Esses vinhos mostraram muito bom equilíbrio e vivacidade, mostrando que o Vale do São Francisco já está a produzir vinhos de qualidade.



Depoimentos dos Especialistas:



 
Essa avaliação faz parte do especial do jornal Diário de Pernambuco intitulado: Vinhos do Sertão.

Segue o link para conferir a matéria completa: http://www.dpnet.com.br/gastronomia/especiais/2012/vinicolas/index.shtml

quarta-feira, 30 de maio de 2012

A elegância do Rioja Reserva

Seguidores de Baco,

Acho que todo apreciador de vinhos passa por essa fase após ter provado um bom bocado deles . A fase que aqui vos falo é aquela em que procuramos nas garrafas não só potência, muita fruta e muita madeira.... Mas sim a elegância...
Elegância essa que se mostra através dos vinhos pela complexidade de aromas e sabores, a capacidade de nos mostrar em cada gole ou cheiro uma sensação diferente, mas extremamente equilibrada.

Você poderia rebater dizendo que para se tomar esses vinhos você teria de desembolsar somas exorbitantes para adquirir os Grand Cru franceses, por exemplo, mas digo-lhes que não ... é possível provar disso através dos maravilhosos reservas de Rioja.

O escolhido para prova foi o Marqués de Riscal Reserva 2006... Um vinho complexo, vivo e elegante... No meu ver se encontra no auge ou talvez dure mais uns dois anos, mas não mais que isso.






No olho mostra um halo de evolução já indo para o acastanhado.
No nariz fruta preta madura e um tostado, balsâmico e especiarias.
Na boca mostra taninos domados, muito equilíbrio com sabor intenso e excelente persistência.

Enfim um grande e elegante vinho.



terça-feira, 1 de maio de 2012

Herdade do Portocarro - José da Mota Capitão

Seguidores de Baco,

Continuando minha grande e eterna fase portuguesa, hoje vou falar de um vinho que já havia provado e não sei  a razão pela qual ainda não havia falado do mesmo. Desculpem-me a displicência, mas irei redimir-me agora.
Pois é, trata-se de um dos vinhos Portugueses mais interessantes e mais apaixonantes que experimentei nos últimos tempos, juntamente com o Cavalo Maluco do qual já escrevi um post neste mesmo blog.
A Herdade do Portocarro localiza-se no Torrão, cravada no Alentejo embora que formalmente esteja no distrito de Setúbal. Lá iniciou-se um novo projeto no ano de 2002 com José da Mota Capitão no leme, responsável pela escolha das sete castas usadas em seus vinhos: Aragonês, Alfrocheiro, Touriga Franca, Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon , Petit Verdot, além de uma grande surpresa a  italiana Sangiovese.
Da combinação destas castas surgem os três vinhos oferecidos pela casa: Portocarro, Cavalo Maluco e Anima. Mas, nesse post vamos falar do vinho mais acessível da casa: o Portocarro, feito de um corte das uvas Aragonês, Alfrocheiro e Cabernet. Vinho este já surpreendente, mostrando sensibilidade, potência e um nível de sedução incrível. Encorpado e macio... sedoso... com notas de frutas negras misturadas a especiarias vindas do estágio de um ano em carvalho francês. Não é de se surpreender que atrás desse grande vinho estivesse um grande enólogo do qual já sou fã de carteirinha: Paulo Laureano.

Vinhão!!!

O vinho mais elaborado da casa já mereceu um post : Cavalo Maluco. Vem arrancando suspiros de quem o experimenta.


E por final fico a dever a prova do Anima que já ganhou a alcunha de o mais belo CHIANTI português.