quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Domingo em família!!!

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Aqueles que me conhecem ou que já passaram os olhos pelo meu blog sabem o quanto prezo pela companhia de minha família. Mas imaginem agora que sua família é formada por comilões que nem você e que acham realmente que comer e beber bem é algo digno de se fazer? E se ainda por cima forem admiradores de um bom vinho e souberem cozinhar como ninguém? Pois é, tive a sorte de nascer numa família assim... e mais sorte ainda de poder almoçar com eles em alguns domingos. Então já que fiz uma breve introdução vou começar a falar sobre nosso último almoço e para o início dos trabalhos vamos ao  Foie Gras, para quem não sabe foie gras significa "fígado gordo" e é produzido pela super alimentação do pato ou do ganso que juntamente com as trufas são consideradas as maiores iguarias da França. O foie gras em questão foi o verdadeiro, por favor não confundam com o patê de foie!! e foi trazido por meu pai em sua última viagem a França onde aprendeu com um parisiense companheiro de trabalho que todo bom foie gras merece um bom Sauternes (Vinho licoroso produzido na região de Sauternes através da ação de um fungo, esse processo é conhecido como podridão nobre), mas resolvemos dar uma abrasileirada dessa vez e escolhemos um Late Harvest ( Colheita Tardia) nacional, para ser mais específico o Salton Intenso produzido a partir da uva Chardonnay que cumpriu bem seu papel. O doce e melado do vinho é um excelente companheiro para toda gordura e presença do Foies, para saborear de joelhos!!!





Para o prato principal já que estamos em França, por favor continuemos em França. Continuamos com pato, só que o escolhido agora foi o Confit de Canard, ou seja, coxas de pato cozidas na própria godura de forma lenta e carinhosa, isso é feito  para que todo aquele sabor da gordura penetre nas fibras da coxa e a torne a coisa mais suculenta e saborosa que você possa provar. Foi servido com purê de mandioquinha  e uma calda levemente doce.... Sinceramente to aqui sonhando com esse almoço até agora, pato e purê feitos pelo grande gourmet que meu pai se tornou e a calda feita pela minha mãe, que como ela própria diz, cozinha em edições limitadas, pois nunca repete uma receita :). Para acompanhar poderíamos ter seguido a tradição e escolhido um Pinot Noir, mas não, resolvemos inovar e tiramos da adega um Cabernet Sauvignon Argentino , mas não qualquer um ... em homenagem ao cozinheiro foi levado o vinho que tirou o preconceito do mesmo em relação aos vinhos argentinos (lembrem-se que o cozinheiro é português , por isso rola um grande entrave em relações a vinhos de outras procedências, mas estamos evoluindo) o Alamos Cabernet da Zapata, um vinho muito bem feito e equilibrado que apesar de não ter o mesmo corpo de um Angélica Zapata equilibrou muito bem  com o prato, na verdade acho que justamente por isso não se sobrepôs ao pato fazendo um belo casamento.

                   

E para finalizar.... todos estão covidados!!!!!!!!


3 comentários:

  1. gente, vc fez o confit com a gordura do pato?! onde vc arrumou tanta?

    eu preciso aprender a fazer purê de mandioquinha, Mel cozinha meu juízo pra isso toda vez que a gente fala de comida... haha

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  2. Adorei o post!!! Me deu água na boca!!!!! Vai entrar pato na minha ceia de Natal depois dessa, CERTEZA!!!! KKKKKKKKKKKKK

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  3. Enfim, um blog diferenciado. Para quem aprecia um bom vinho, nada melhor do que apreciar as dicas de João. Eu super indico.

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